André era um garotinho de seis anos, muito ativo e alegre. Tinha vários amigos onde morava e todos gostavam dele. Certo dia sua mãe deu-lhe a noticia de que iriam mudar de cidade. Depois da mudança ele teve muita dificuldade em fazer amigos, pois eles se mudaram para uma casa remota, longe da cidade. Afundado em uma depressão ele se sente cada vez pior, deixando seus pais preocupados. Mas o tempo foi passando e ele foi se adaptando a sua nova realidade.
Um dia sua mãe o observava brincando sozinho no quintal da casa. Parecia feliz, mas estava conversando sozinho. E foi ao se encontro.
“Com quem você está conversando?”
“Com Marcel, meu amigo.”
“Quem é ele? Seu amigo imaginário?”
“Não mãe, ele é real, mas você não pode vê-lo. Ele me disse que mora no céu.”
Preocupada ela levou o menino ao psicólogo que não detectou nenhuma anormalidade em André e disse que talvez ele houvesse criado um amigo imaginário para lidar com sua solidão e que isso iria passar com o tempo.
Outra vez André brincava no quintal, estava no balanço conversando animadamente. Quando sua mãe apareceu se assustou e ficou em silêncio, para seu espanto um dos balanços que estavam vazios estava balançando como se alguém estivesse ali, mas pouco a pouco foi parando.
“Por que o susto filho?”
“Nada mãe, não te vi chegando.”
“O que você estava conversando com Marcel?”
“É um segredo muito legal, mas ele disse que eu não posso te contar.”
“Eu sou sua mãe, você tem que confiar em mim.” – disse ela abraçando seu filho.
“Ele me disse que vai me levar para brincar no céu com ele. Também falou que lá eu poderei voar.”
“Eu te proíbo de ir lá.” – disse a mãe com lagrimas nos olhos e com o coração apertado.
Duas semanas depois André preparava-se para dormir. Enquanto sua mãe o cobria ele disse:
“Mãe o Marcel voltou hoje e disse que amanhã eu vou ir para o céu brincar com ele.”
“Não, eu já te disse que não quero que você vá com ele.” – disse ela novamente sentindo um aperto no coração.
No outro dia, a mãe de André queria tirar ele dali com medo de que algo acontecesse, apesar de ser cética sentia um aperto no coração inexplicável. Foram até o parque de diversões da cidade onde o garoto pode distrair-se e brincar enquanto sua mãe tirava fotos.
“Mamãe!” – gritou André se mostrando em cima de um brinquedo.
Sua mãe bateu uma foto e o mandou sair de lá, pois ele poderia escorregar e cair. Ao olhar no visor de sua máquina digital se assustou ao ver uma sobra ao lado do menino. Ela escutou um grito e quando se virou, viu André caindo, batendo o corpo em cada parte do brinquedo até atingir o chão. André morreu a caminho do hospital.
Algum tempo depois, a mãe do menino com saudades entrou no quarto que desde a morte do filho estava fechado. Começou a olhar os papéis e ficou aterrorizada quando achou um desenho igual a foto que tinha batido segundos antes da morte de André, e no topo da folha a frase: “Vamos brincar no céu?”.
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